Ney Matogrosso rebate comparação com mulheres: “Nunca fui um travesti, nunca ocupei lugar da mulher”

Ney Matogrosso rebate comparação com mulheres: "Nunca fui um travesti, nunca ocupei lugar da mulher"
Ney Matogrosso rebate comparação com mulheres: “Nunca fui um travesti, nunca ocupei lugar da mulher” (Foto: SBT)

Em entrevista, Ney Matogrosso rebate comparação com mulheres: “Nunca fui um travesti, nunca ocupei lugar da mulher”, a afirmação do artista ocorreu no programa The Noite, com Danilo Gentili, no SBT. Ainda durante a atração, o artista falou sobre diversos temas, entre eles a Ditadura Militar.

Um dos maiores ícones do meio artístico de todos os tempos, Ney Matogrosso estará no The Noite desta quinta (28). O papo com Danilo Gentili aborda a época do ‘Secos e Molhados’, a origem da pintura artística facial que se tornou sua marca, histórias de canções de sucesso e questões vividas pelo artista na época da ditadura militar, além de revelações sobre extraterrestres, vida após a morte e seu relacionamento com Cazuza. Pela primeira vez, uma entrevista será exibida em duas partes, sendo uma delas hoje e, a outra, com Ney comentando sua parceria com a banda Noturnall, amanhã (29).

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Confira as melhores frases da entrevista:

Sobre a cara pintada

“Andava muito pela Liberdade e via muitas fotos do teatro Kabuki, que me deu uma luz para fazer alguma coisa. Não copiei, mas entendi que havia um jeito de poder andar na rua.”

Sobre ter saído do ‘Secos & Molhados’

“Porque eu não estava feliz, só isso. Não saí milionário. Ganhei muito dinheiro e gastei tudo.”

Sobre a época da ditadura militar

“Uma vez fui em um banco abrir uma conta e cheguei lá com um saco de papel cheio de dinheiro, botei assim, no balcão e me perguntaram de onde eu tirei o dinheiro. Disse ‘eu sou aquele cara que dança pelado na televisão’. Me disseram que eu não podia abrir a conta sem um fiador. Então voltei para casa, tinha trazido dois amigos de Brasília, peguei o saco de dinheiro e falei ‘vamos torrar’. Mas estamos falando da época da ditadura, infiltrada em todos os cantos, nos bancos, nas portarias, tudo era controlado. Os porteiros eram os olheiros deles. Era um inferno. No Rio de Janeiro tomava ‘baculejo’ toda hora. Me revistavam.

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Sobre críticos e preconceito

“O Jornal do Brasil passou dois anos sem publicar meu nome porque dizia que não publicava travesti. Nunca fui um travesti, nunca ocupei ou quis ocupar o lugar da mulher. Então, cadê o Jornal do Brasil?! O editor dizia que não gostava de mim.”

Sobre ter postado nudes sem querer

“Acha que eu ia postar aquilo de propósito no Instagram? Foi sem querer, era para outro canto. Acho que não teve nada negativo com a história, pelo contrário. Disseram que eu quebrei mais um paradigma, não quero quebrar nada …. Achavam que um homem de 80 anos não poderia estar naquela situação. Azar deles.”

Sobre já ter visto um OVNI

“Já, mais de uma vez. Vi em Brasília. Estava fazendo um show para 80 mil pessoas… Tinha uma bola no céu, prateada, ao entardecer, e dessa bola saía luz vermelha, luz azul… Morava em Brasília e andava a noite inteira olhando para cima… A mulher do (Gilberto) Gil me falou que eles foram nesse lugar em Brasília e ela esteve diante do ‘cara’ (extraterrestre). Eu perguntei como ele era e ela disse que não teve coragem de olhar. Disse ‘‘Drão’, como você vai na frente de seja o que for e não olha para a cara da criatura?!'”.

Sobre vida após a morte

“Acredito. Minha família era espírita. Marco, uma pessoa com quem vivi 13 anos, morreu na mesma época que Cazuza… Estava em casa, fazendo minha barba não pensando em nada… De repente comecei a sentir uma coisa estranha acontecendo, que me invadia e tocava meu coração. Quando aquela coisa encostou em mim eu disse ‘é você, marco?’ e aquela coisa ficou um segundo, o meu peito cheio de amor e eu voltei ao normal. Não vou acreditar nisso?! Se eu não vou acreditar nisso sou um débil mental. Eu senti, sabia quem era.”

Sobre Cazuza, no final da vida do cantor

“Ia muito na casa dele, ele sentia muita dor nos pés e eu ficava massageando os pés dele. Um amigo é um amor. Amor e amizade acho que é uma coisa só. Ali tinha sido as duas coisas e era uma só. Ele queria que eu tomasse ‘AZT’ para ficar na mesma onda que ele. Eu dizia ‘Cazuza, não quero ficar nessa onda. Não sabia o que ia acontecer comigo.”

Jônatas Leifert

Jônatas Leifert é jornalista - (MTB 0006712/BA), fundador e Editor-Chefe do site Hora Top TV. Apaixonado pela comunicação em suas diversas mídias, é pós-graduando em Marketing e Redes Sociais. Já teve passagens pelos sites Manchetes&Cia, Área Vip, OCanal, TVE Bahia, Rádio Conexão Salvador e Desenbahia. Atualmente, é embaixador do Prêmio Jovem Brasileiro. Twitter e Instagram: @JonatasLeifert

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