Grupo Record anuncia demissão de Rodrigo Constantino
Em nota enviada a imprensa, a Record informa a demissão de Rodrigo Constantino, que trabalhava no portal R7 e na Record News. A decisão da emissora veio um dia após Constantino fazer sérias declaração sobre violência contra mulheres. Em uma de suas falas, Rodrigo, falou que não denunciaria o estuprador de sua filha, caso ela tenha provocado o estupro.
Se minha filha chegar em casa, e eu dou boa educação, mas a gente nunca controla tudo, e ela chegar em casa e dizer, pai fui para uma festinha, ahh fui estuprar, me dá as circunstancias!. -A fui para uma festinha, eu e três amigas, tinham 18 homens, lá bebemos muito e eu estava ficando com dois caras e eu acebei dormindo lá, e eu fui abusada. Narrou Rodrigo uma possível situação com a filha.
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O jornalista, no entanto, continuou contanto qual seria sua atitude. -Ela vai ficar de castigo feio, e eu não vou denunciar um cara desse para a polícia. Eu vou dar esporro na minha filha, por que alguma coisa ali ela errou feio, e eu devo ter errado, para ela agir assim, né que é um comportamento absolutamente condenável. afirmou o ex-contratado da Jovem Pan.
Num momento do seu comentário, o jornalista também questionou as atitudes das mulheres. -“A gente não pode falar mais essas coisas hoje em dia, que existe mulher decente também ou piranha, né. Por que o homem que faz isso não é decente, mas não existe também a ideia de mulher decente por que as feministas querem que não, né”.
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O escritor ainda continuou com seus comentários sobre as mulheres feministas. “Feministas são tudo recalcadas, ressentias, e normalmente mocreia, vadias, odeia homens e odeia união estável, casamento odeia tudo isso. Ou é um instrumento de homem malandro canalha”. Encerrou o jornalista
Leia a íntegra da nota enviada pelo Grupo Record
O Grupo Record vem a público informar que dispensou o jornalista Rodrigo Constantino de suas funções no portal R7 e na Record News.
A decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com nossas plataformas.
O jornalismo dos veículos do Grupo Record tem acompanhado com muita atenção o caso de Mariana Ferrer e o Grupo não poderia, neste momento, deixar qualquer dúvida de que justiça não se faz responsabilizando ou acusando aqueles que foram vítimas de um crime.
Apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, julgamos que o posicionamento adotado por Constantino não compactuou com o nosso princípio de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica.
Este é o compromisso do jornalismo do Grupo Record.
