SBT 40 anos: relembre 5 momentos em que a emissora incomodou a concorrência

*Com reportagem de Felipe Gomes.

Quem nasceu ali pelos anos 2000 e começou a acompanhar o dia a dia das emissoras de TV apenas na última década, pode até não lembrar, mas em um passado não muito distante a emissora de Silvio Santos já incomodou e muito a concorrência com investimentos vultuosos e uma programação competitiva. É verdade! Nos últimos anos a emissora de Silvio Santos padece com uma programação desgastada e poucas novidades, mas nem sempre foi assim.

E por isso e pelos 40 anos que a emissora completa em agosto próximo, vamos relembrar 5 momentos em que o SBT fez, literalmente, a concorrência tremer de medo.

Contratação de grandes nomes nos anos 80

Oriundo de concessões herdadas da TV Tupi, o SBT apresentava atrações ao mesmo estilo de sua antecessora, a TVS, e logo ficou conhecido por produções extremamente populares, beirando o populesco. A audiência era satisfatória, mas a grade afastava investidores e o mercado publicitário. Então, por meados dos anos 80, a emissora decidiu reagir e investir pesado em contratações.

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Profissionais de prestígio vieram de outras emissoras, caso de Flávio Cavalcanti (1983) e Hebe (1986), ambos da Bandeirantes. Vindo da Globo, a contratação de Jô Soares, em 1987, fez Silvio Santos interromper o principal noticiário da emissora para dar a boa nova. Nesta safra ainda vieram as contratações de Luiz Carlos Miele, oriundo da Manchete, e a ida do humorístico “A Praça é Nossa” para o SBT.

Outro investimento dessa época foi o jornalismo. Com a estreia do TJ Brasil, de Bóris Casoy, o SBT inovou ao quebrar o estilo radiofônico de fazer telejornalismo da TV brasileira, investindo na figura do âncora que também comenta as notícias, ao estilo americano.

A estratégia deu certo e a receita publicitária do canal cresceu em 15% no público A e B com as estreias e contratações.

10 presentes para comemorar os 10 anos do SBT

Quando completou 10 anos, em 1991, a emissora preparou 10 novidades para comemorar com seus telespectadores. Afetada pelos efeitos do Plano Collor, o SBT respondeu a crise com investimento. A nova grade trouxe a estreia de Serginho Groisman e do seu Programa Livre; da então novata Eliana, com o infantil Festolândia; do novo programa de Hebe Camargo, o Hebe por Elas; o Musidisc, apresentado por Virgínia Novick; a série Grande Pai e o programa Topa Tudo Por Dinheiro.

O pacote de estreias dos 10 anos ainda trouxe duas novidades para o jornalismo da emissora. Em 20 de maio de 1991, estreava o Aqui Agora. Precursor do jornalismo ao estilo câmera nervosa no país, o telejornal foi um sucesso por anos em suas diversas fases, além de volta e meia ter um boato em torno de uma possível reestreia do formato. A outra novidade ficou por conta da contratação de Lilian Witte Fibe, vinda da Globo, para apresentar o Jornal do SBT.

Em 1996, três novas novelas para bater de frente com a Globo

Animada com a repercussão de Éramos Seis e de sua sucessora, As Pupilas do Senhor Reitor, a emissora do Baú decidiu concorrer de frente com a Globo e lançou outros dois horários de novela.

O dia das estreias era 6 de maio de 1996 e coube a Marília Gabriela anunciar a novidade em vídeo veiculado durante a programação. Às 18h30 começava “Colégio Brasil”, a novela entregava para o jornalístico TJ Brasil. Na sequência, às 20h, Fábio Júnior estrelava “Antônio Alves, o Taxista”. E às 21h, tinha a novela “Razão de Viver”.

As novidades não surtiram o efeito esperado e, após intermináveis mudanças de horário, duas das tramas chegaram ao fim sem substitutas.

Em 2005, Ana Paula Padrão chega ao SBT

Com o seu setor de jornalismo abandonado desde a saída de Bóris Casoy para a Record no fim dos anos 90, o SBT surpreendeu ao anunciar a contratação de Ana Paula Padrão. Recém saída da Globo, Padrão montou uma nova equipe e trouxe outros profissionais respeitados para atuar no departamento.

Em 15 de agosto de 2005, estreava o SBT Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=_j43-MlbPig

Em 2009, investimento pesado para recuperar a vice-liderança

Em 2008, a Record nadava a braçadas no seu projeto à caminho da liderança. Com produções como “Os Mutantes”, a concorrente anotava mais de 8,0 pontos de média no Ibope daquele ano e tamanho sucesso fez com que a emissora do bispo almejasse contratar o apresentador Gugu Liberato.

O plano deu certo. Gugu trocou o SBT pela Record e como resposta o SBT fez a limpa e contratou diversos nomes do elenco da sua principal concorrente. Eliana, Roberto Justus, o autor Tiago Santiago, o jornalista Roberto Cabrini e o aventureiro Richard Rasmussen foram alguns dos que fizeram o caminho inverso e assinaram com a emissora da Anhanguera.

https://www.youtube.com/watch?v=jqLbHeJavK8

Lembra de mais algum momento de grandes investimentos da emissora do Baú? Deixa aqui nos comentários 🙂