Qualidade vocal de Gabriel Gava o coloca em outro patamar do sertanejo
Com o advento do sertanejo universitário, em meados de 2007, desafinar parecia não ser um problema. Muitos cantores sertanejos surfaram nesse movimento atípico da história da música mais consumida do país.
Na década de 90, reinava nesse universo musical, vozes afinadas, tais como: Almir Sater, Roberta Miranda, com timbres únicos capazes de serem reconhecidos nas primeiras frases cantadas.
Com a pandemia, é importante que façamos uma separação. Falamos até o momento com base nos fatos ocorridos até o início do ano de 2020, e falamos de uma indústria musical emblemática.
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A realidade é que os shows dos artistas mais caros do Brasil e aqui citamos Luan Santana e Gusttavo Lima, ainda seguem parados.
Com as lives dos astros do sertanejo transmitidas pela plataforma do Youtube ao longo do ano passado, que foram importantes alternativas de trabalho para muitos deles, no momento mais crítico da pandemia, o público pôde conhecer e ouvir melhor a verdadeira voz do seu ídolo.
O sertanejo Gava, com seu hit “fiorino”, surgiu para o grande público no ápice dessa fase controversa intitulada sertanejo universitário, mas na contramão do que preponderava, trazendo um timbre e alcance vocal de destaque.
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Mas como recepcionar um cantor como Gava, fazendo tudo certo e o mercado sinalizando para outra direção? Eis a questão.
De 2012 para cá, os números do cantor sertanejo são expressivos. Foram ao menos 20 hits, o que inclui os duetos com Naiara Azevedo e Léo Santana.
O novo trabalho do cantor, um DVD produzido durante o período da pandemia, onde entrega os hits “tesãozim”, “priquitim de ouro” e “suor da sua boca”, não traz nada extraordinário em termos de produção, mas a qualidade vocal de Gabriel Gava o coloca num outro patamar da música sertaneja.