A Batalha da Rua Maria Antônia: Um filme que ressalta a importância do movimento estudantil na ditadura

A Batalha da Rua Maria Antônia: Um filme que ressalta a importância do movimento estudantil na ditadura (Foto: Acervo/Globo Filmes)
A Batalha da Rua Maria Antônia: Um filme que ressalta a importância do movimento estudantil na ditadura (Foto: Acervo/Globo Filmes)

Na sexta-feira (21), Salvador foi palco da pré estreia do longa ‘A Batalha da Rua Maria Antônia’, um filme de ficção inspirado na resistência do movimento estudantil durante o período da ditadura militar no Brasil. O evento ocorreu no Cine Glauber Rocha, localizado no centro da capital baiana, contando com a presença da produção, direção e parte do elenco da obra. Jornalistas, influenciadores e amantes do cinema estavam entre o público, além de vários representantes do movimento estudantil na Bahia. A sessão de apresentação da obra foi marcada por aplausos e grande comoção entre os presentes.

A ‘Batalha da Rua Maria Antônia’ se passa em outubro de 1968, retratando a luta de estudantes e professores do Movimento Estudantil de Esquerda da Faculdade de Filosofia da USP ao enfrentar ataques do Comando de Caça Comunistas vindos do outro lado da rua, da Faculdade Mackenzie, durante a ditadura brasileira. Quando o confronto é iniciado, o local é tomado por arremessos de pedras, molotovs e gritos. A noite crucial ficou conhecida como a Batalha dos Estudantes da Rua Maria Antônia.

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Uma curiosidade sobre o filme é que a obra foi toda gravada em plano-sequência em 12 diárias, tendo sido filmada em ordem cronológica, além de ser toda em preto e branco,  o que ajuda a dar mais emoção enquanto é assistida. O filme foi gravado em uma câmera de película antiga, sendo apenas revelado após ser enviado para a Europa, ou seja, a equipe não conseguia ver o resultado aos fins das filmagens realizadas diariamente. Após a exibição do longa, ocorreu um bate papo entre a equipe presente e a plateia, onde dúvidas sobre a produção foram esclarecidas pela diretora Vera Egito, pelo diretor Manoel Rangel, e as atrizes Julianna Gerais e Isamara Castilho.

Um dos assuntos mais destacados foi sobre a experiência em gravar um longa metragem em plano-sequência, onde as atrizes destacaram ter sido uma oportunidade única, que além de desafiadora, acrescentou um grande aprendizado. Egito e Rangel destacaram também que a ideia de produzir a obra existe já há alguns anos, no entanto, ocorreram alguns impecilhos que haviam impedido o início da execução, dentre eles, a pandemia da Covid-19. A obra foi gravada já no fim do período da pandemia, respeitando todas as medidas da época.

O filme dirigido e roteirizado por Vera Egito, possui produção da Paranoid, coprodução da Globo Filmes e distribuição da Imagem Filmes. O elenco da obra conta com nomes como Isamara Castilho, Julianna Gerais, Pâmela Germano e Philipp Lavra. O longa que estreia no dia 27 de março em cinemas de todo o país, já chega premiado após passagens por alguns festivais brasileiros e internacionais, sendo eles: Redentor – Festival do Rio, Prêmio Especial do Júri – Panorama Coisa de Cinema, Vencedor do Seminci (Espanha) e Melhor Longa de Ficção – Atlanta Film Festival (Estados Unidos).

Eduarda Melo

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