Anhangabaú: Documentário conecta os conflitos pelo direito à cidade, moradia e à arte em SP
Dirigido pelo diretor gaúcho Lufe Bollini, o documentário Anhangabaú narra as construções simbólicas de uma cidade ganha première no 51º Festival de Cinema de Gramado em 17 de agosto.
“Um filme da memória indígena e artística da cidade de São Paulo, que abraça a cidade e deseja despertar em todo mundo a alegria guerreira. Uma produção afetiva de um mundo que contrapõe a lógica devastadora do capital“, define o diretor.
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O documentário estabelece pontes entre os conflitos pelo território da comunidade indígena Guarani Mbya com a resistência da maior ocupação artística da América Latina, a Ocupação Ouvidor 63, e o Teatro Oficina, na cidade de São Paulo.
“O Teatro Oficina e a Ocupação Ouvidor 63 são movimentos que contrariam a lógica do progresso gentrificador que destrói tudo que é memória. A comunidade Guarani Mbya foi a conexão secular dessa resistência que atualmente protege o cinturão verde de São Paulo”, explica.
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Rodado entre 2014 e 2020, o filme traz várias camadas narrativas inspiradas pelo arquiteto italiano Massimo Canevacci em seu livro A Cidade Polifônica, “uma cidade que só pode ser compreendida através da sobreposição de acontecimentos paralelos que, somados, podem traduzir um pouco dessa incessante disputa de territórios entre o capital especulativo e as comunidades que estão à margem da sociedade de consumo”.
Uma realização Elixir Entretenimento, Fogo no Olho Filmes e Kino-Cobra Filmes, Anhangabaú será exibido
na Mostra Competitiva em 17 de agosto, a partir das 17h30.