Exclusivo: homem processa Ronaldinho Gaúcho e alega experiência “frustrante” no evento “Desafio das Estrelas”

Ronaldinho Gaúcho foi acionado na Justiça paulista pelo pai de uma fã que alega ter comprado dois ingressos para assistir ao jogo do time do “Bruxo” contra o time de Cafu, no evento Desafio das Estrelas, realizado em dezembro do ano passado, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
De acordo com o processo, ao qual a coluna teve acesso, o homem afirma que quis presentear a filha para a realização de um sonho, que era tirar foto com o ídolo, no entanto, de acordo com ele, teve uma “experiência decepcionante e frustrante” desde a entrada até o término do evento.
De acordo com o processo, apresentado à Justiça no último dia 4 de abril, a defesa do autor explica que, sua filha gosta muito de futebol e tinha como maior ídolo da vida o jogador Ronaldinho Gaúcho, e, presenteou a filha em razão do Natal, com o ingresso “Cadeira Experience” do evento Desafio das Estrelas, realizado no dia 14 de dezembro de 2024, no estádio do Pacaembu em São Paulo, para que pudesse ver o Ronaldinho Gaúcho e Cafu, e tirar foto com eles.
Segundo consta na ação, o autor alega que, somente o ingresso “Cadeira Experience”, que ficaria em uma ala VIP, daria direito a tirar foto com Ronaldinho e Cafu. À Justiça, ele afirma que, deu o presente para a filha, e para não deixar ela ir sozinha, já que o jogo de futebol é bastante tumultuado, resolveu fazer companhia para ela, e comprou para ele um ingresso também “Cadeira Experience”, desembolsando, de acordo com ele, o montante de R$ 8.050,00, apenas para assistir ao jogo, ver seu ídolo jogar bola, e também, ver de perto e tirar foto com Ronaldinho e Cafu.
De acordo com a ação, a defesa do homem relata, que, o ingresso dava direito a assistir a partida em uma área VIP, além de tirar uma foto com o Ronaldinho Gaúcho e com Cafu, já que os dois jogadores pentacampeões participariam do evento. De acordo com ele, o marketing dizia que seria um jogo do time de Ronaldinho Gaúcho contra o time de Cafu.
No entanto, segundo o homem, a empresa organizadora teria vendido “uma experiência” que se tornou uma experiência negativa.
No processo, ele relata que, dias antes do evento, a filha tentou entrar em contato com a empresa e obter mais informações de como seria o procedimento, e saber se a foto seria tirada antes ou depois do jogo, mas não teria obtido resposta.
Na ação, a defesa do homem afirma que, ao chegarem ao local, souberam pelos seguranças que a entrada seria a mesma da arquibancada, sendo que a “Cadeira Experience” não tinha nem 30 pessoas, e mesmo pagando um valor exorbitante, teriam sido obrigados a pegar fila com mais de 800 pessoas debaixo de chuva que estavam entrando para a arquibancada.
À Justiça, o homem alega, entre outras coisas, que, quando chegaram na parte de revista, teve início toda humilhação, com as filas totalmente desorganizadas, cheio de torcedores, tentando se proteger da chuva, e que, ao passar por revista na ala feminina do lado presenciou, a funcionária sendo grossa, desrespeitosa e mal educada com sua filha.
Na ação, o autor alega ainda que, chegando lá viram que não tinha nada de VIP, e que as cadeiras ficavam atrás do gol com uma visão ruim do campo.
“Entraram, colocaram a pulseira de identificação que daria acesso onde estaria Ronaldinho e Cafu, e um outro funcionário mandou o autor e sua filha sentarem nas cadeiras onde iriam assistir ao jogo (atrás do gol), orientou para não saírem dali que já viria um produtor buscá-los para levarem até o local das fotos”, diz um trecho da ação, apresentada à Justiça.
Segundo a ação, o homem diz que aguardaram por algumas horas e ninguém apareceu.
Ainda segundo consta no processo, o autor alega que, no intervalo um produtor teria ido buscar todos que ficaram sem a foto, e levou até o meio do campo, mas que teria sumido. À Justiça, a defesa do pai da fã alega que, veio outro produtor e mandou que todos voltassem para as cadeiras, informando que a foto seria tirada depois que o jogo acabasse.
À Justiça, a defesa do autor afirma que ele e sua filha, e outros fãs voltaram e não tinha mais lugar para sentar, pois a cobertura havia caído e as cadeiras estavam molhadas.
“Ficaram em pé, debaixo de chuva esperando terminar o segundo tempo, quando apareceu outro funcionário dizendo que o Ronaldinho tinha ido embora e não teria mais como tirar foto”, afirma a defesa do homem no processo.
“O evento era do Ronaldinho, com o nome dele, toda a propaganda e o marketing foi feito utilizando o nome do Ronaldinho Gaúcho e do Cafu, e ele simplesmente saiu no intervalo e foi embora, sem dar qualquer satisfação”, diz a ação.
Em outro trecho da ação, o homem afirma que a postura de Cafu teria sido diferente, no entanto, não teriam tido acesso a ele também.
“A postura do Cafu foi diferente, exemplar como sempre, jogou os dois tempos, jogou bem, deu atenção para a torcida, foi simpático com todos, contudo, o autor, sua filha e os outros fãs não tiveram acesso a ele também”, consta no processo.
No processo movido contra a empresa organizadora e Ronaldinho Gaúcho, o homem solicita a devolução do valor gasto com o ingresso, no montante de R$ 4.025,00, além de uma indenização por danos morais no valor não inferior a 10 vezes ao valor do ingresso. O valor da causa é de R$ R$ 44.275,00.
Uma audiência virtual de tentativa de conciliação está marcada para o dia 3 de junho.
Até o momento da publicação dessa nota, Ronaldinho Gaúcho ainda não foi citado para apresentar defesa no processo.
O caso está na 2ª Vara do Juizado Especial Cível, da Comarca de Osasco.