Exclusivo: mulher processa Hulk por “poeira” e “barulho” durante montagem em festa de casamento

Uma mulher entrou na Justiça contra Givanildo Vieira de Souza, o Hulk e alega ter sofrido com “poeira” e “barulho” durante a montagem da festa de casamento do jogador com Camila Ângelo, ocorrido no início de janeiro deste ano.

De acordo com o processo, a mulher, que seria moradora de um prédio vizinho ao terreno onde o evento aconteceu, na cidade de João Pessoa, protocolou a ação no dia 30 de janeiro.

Segundo as informações do processo, ao qual a coluna teve acesso, a defesa da mulher alega que, no dia 1º de dezembro de 2024, teriam se iniciado os preparativos para a realização de um evento em um terreno vizinho, muro com muro do prédio onde ela reside, na cidade de João Pessoa.

Segundo consta na ação, a defesa da mulher afirma que, desde o início, a negligência na condução dos trabalhos gerou sérios transtornos à autora e à sua família, com grandes quantidades de poeira que teriam invadido sua residência.

“A limpeza do terreno provocou a elevação de grandes quantidades de poeira, que invadiram a residência da autora, acarretando problemas respiratórios graves, especialmente para sua filha, de apenas 13 anos, e para seu pai, idoso de 70 anos. A autora, como mãe e filha preocupada, viu sua casa – que deveria ser um local de refúgio e tranquilidade – tornar-se um ambiente de estresse, doença e exaustão”—diz a ação apresentada à Justiça.

Segundo o processo, a autora explica, entre outras coisas, que, na tentativa de resolver o problema, entrou em contato com o representante da empresa organizadora do evento, solicitando providências, e que, apesar da promessa de solução, segundo ela, nenhuma ação efetiva foi tomada para mitigar os impactos causados.

A defesa da autora, sustenta, ainda, que, o agravamento da situação teria ocorrido no dia 5 de janeiro de 2025, com a instalação de um gerador em frente ao apartamento da autora, situado no primeiro andar. Segundo ela, o equipamento passou a funcionar ininterruptamente, liberando fumaça tóxica de óleo diesel diretamente para dentro do imóvel, causando cheiro insuportável e problemas respiratórios.

Em um trecho da ação, ela afirma que apesar das reiteradas tentativas de diálogo com os organizadores, nenhuma providência teria sido  tomada, e que, o barulho ensurdecedor, somado à fumaça densa e ao cheiro penetrante de óleo diesel, tornou impossível a permanência no imóvel.

“Apesar das reiteradas tentativas de diálogo com os organizadores, nenhuma providência foi tomada. Como resultado, no dia 07/01/2025, data do evento principal, o ambiente tornou-se completamente insalubre. O barulho ensurdecedor, somado à fumaça densa e ao cheiro penetrante de óleo diesel, tornou impossível a permanência no imóvel”, diz a defesa da autora.

Na ação, ela pede uma indenização por danos morais, no montante de R$ 56 mil.

Jogador contesta ação na Justiça

Hulk já apresentou sua defesa no processo, no último dia 26 de fevereiro.

Na contestação, a qual a coluna teve acesso, o jogador alega que, a autora diz que vários vizinhos foram atingidos e reclamaram dos danos causados, mas, segundo o jogador, somente a autora teria entrado em contato diretamente.

Na contestação, Hulk alega que a mulher tentaria um enriquecimento ilícito, ao buscar um ganho de R$ 56 mil.

“E o fato é que, claramente, a autora tenta um absurdo enriquecimento ilícito, ao tentar um ganho de R$ 56.000,00 (cinquenta e seis mil reais) porque, segundo diz, teve uma noite mal dormida e sua filha foi dormir na casa do irmão…”, argumenta a defesa do famoso.

A defesa do jogador sustenta, entre outras coisas, que, os requeridos empreenderam todos os esforços para que o evento se realizasse dentro da legalidade e das autorizações concedidas, como também para que os vizinhos tivessem o mínimo possível de desconfortos.

Na contestação, Hulk afirma que, não é verdadeira a narrativa trazida pela autora em sua inicial de que “a negligência na condução dos trabalhos gerou sérios transtornos à autora e à sua família”.

À Justiça, ele afirma que teria sido contratada uma empresa especializada para a montagem de toda a estrutura, uma empresa de gerenciamento das etapas e obtenção de licenças, e outra empresa para segurança e logística.

Em outro trecho de sua contestação, Hulk sustenta que foram gerados mais de quinhentos empregos diretos e indiretos, em benefício à população da João Pessoa, e que poderia ter feito seu casamento em qualquer lugar do mundo, inclusive em Belo Horizonte, onde reside e tem uma enorme gama de fãs e amigos, mas quis fazer seu casamento em seu Estado natal, justamente para prestigiar e gerar empregos a seus conterrâneos.

Na contestação, o jogador argumenta que, em um prédio beira-mar, areia, poeira e outros resíduos similares entrariam para dentro de um apartamento com a janela aberta.

“Obviamente, em um prédio beira-mar – a menos de 500 mts do mar (e menos ainda da faixa de areia) – que areia, poeira e outros resíduos similares entrariam para dentro de um apartamento com a janela aberta!!!!” — afirmou a defesa de Hulk no processo.

Ele ainda alega má-fé da autora.

De acordo com o processo, uma audiência de tentativa de conciliação aconteceu no dia 26 de fevereiro, no entanto, terminou sem acordo.

O processo ainda não foi julgado. O caso está no 1º Juizado Especial Cível de João Pessoa.