Exclusivo: processada por não realizar show, Luísa Sonza ganha ação na Justiça
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A Justiça do Rio Grande do Sul deu ganho de causa a cantora Luísa Sonza em uma ação movida por um produtor de eventos.
O profissional buscava uma indenização por danos materiais e morais decorrentes de suposta quebra de contrato para a realização de show da artista, e pedia cerca de R$ 175 mil.
A sentença é assinada pela juíza Marta Martins Moreira, da 3ª Vara Cível da Comarca de Santo Ângelo.
Na ação apresentada à Justiça, o profissional explicou que, como produtor de eventos, buscou em março de 2022 contratar o show da cantora Luísa Sonza, inicialmente negociando com um produtor, que teria apresentado valores e condições via Instagram.
Segundo o processo, após aumento do cachê e mudanças nas exigências de logística, ele teria feito contato com a empresa Mynd, a qual indicou um representante da cantora, e em 29 de abril de 2022, segundo ele, teria chegado a um acordo em que aceitou a proposta de um cachê de R$ 70.000,00, e 50% da bilheteria, além da logística para 26 pessoas.
À Justiça, o autor relatou que, após repetidas tentativas de formalizar o contrato, os réus se recusaram a assiná-lo dentro do prazo ajustado, alegando mudanças de interesse e, posteriormente, informaram que fariam o evento de forma independente, excluindo o autor da organização.
Em defesa, a empresa da artista, Luísa Sonza e Cia Ltda sustentou que as negociações foram preliminares e desprovidas de vínculo, e que a contratação de shows exige um contrato formal com obrigações específicas, inexistentes no caso.
Na contestação, a defesa da cantora ainda argumentou, que, não foram atendidos os requisitos da responsabilidade civil.
A Justiça entendeu que o simples envio de e-mails com discussões preliminares e uma captura de tela isolada não caracterizariam a celebração de contrato para o show de Luísa Sonza, e que o autor iniciou a divulgação do show por sua conta e risco.
“Ademais, tem-se que o autor iniciou a divulgação do show da artista Luísa Sonza por sua conta e risco, sem que houvesse contrato formalizado”, diz um trecho da sentença.
O produtor ainda pode recorrer.