Ludmilla perde processo contra Val Marchiori
A funkeira carioca Ludmilla perdeu o processo contra Val Marchiori, o juiz responsável por julgar o caso entendeu que Valdirene não cometeu racismo contra a cantora. Em primeira instancia, a socialite tinha sido condenada a pagar uma indenização de R$ 30 mil. O processo ainda há possibilidades de recurso das partes.
‘Racismo não é liberdade de expressão’, dispara Ludmilla após perder processo para Val Marchiori
O Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro acolheu o recurso da socialite Val Marchiori no processo ao qual foi condenada por comentários racistas contra a cantora Ludmilla. O processo foi aberto em 2016, após a participação de Marchiori no programa Bastidores do Carnaval, da RedeTV!.
Marcelo Adnet processa Maria Frias por injúria e difamação
Para quem não se lembra, tudo teria começado quando, Ludmilla desfilava no Carnaval do Rio de Janeiro, pela agremiação do Salgueiro. Contratada da RedeTV! para comentar a festa, Marchiori disparou:
A fantasia está bonita, a maquiagem… Agora, o cabelo… Hello! Esse cabelo dela está parecendo um bombril, gente.
Cris Dias é contratada pela Band para apresentar o novo “Band Esporte Clube”
Relembre a caso
Em 2018, a justiça do Rio de Janeiro, condenou Val a pagar R$ 10 mil reais, na ocasião, ambas as partes reclamaram da decisão. Na ocasião, a socialite afirmou ter feito um comentário jornalístico, que não houve xingamento e que era “zero racista”. Já Ludmilla afirmou que Val, “rica e cheia de privilégios”, achava graça no episódio.
“O comentário desferido pela primeira ré [Val Marchiori] se afigura ilícito e inadmissível em dois aspectos: pela mácula à imagem pessoal da autora [Ludmilla], ao se alegar que o seu cabelo, ou ainda que o cabelo que ela estaria usando, na representação da mulher negra, seria um cabelo de ‘bombril’ (ou aplique de ‘bombril’), o que poderia configurar, em tese, a conduta de injúria racial, capitulada no artigo 140 do Código Penal; e pela ofensa de vertente racial, como resultado da comparação do cabelo de uma mulher negra à esponja de aço ‘bombril’, tornando implícito que este cabelo não representaria bem a comunidade negra, ou que ele seria de ‘categoria inferior”.
Já a 14ª Câmara entendeu diferente. No voto, feito na última quarta-feira (24) e seguido por unanimidade pelos desembargadores, o relator do caso, Francisco de Assis Pessanha Filho, contextualizou a fala de Val afirmando que ela teceu comentários sobre o aplique de Ludmilla, não sobre seu cabelo natural, que o episódio se trata de liberdade de expressão e que está longe de ter cunho racista.
Não é possível se extrair dos fatos supracitados qualquer intenção de desqualificar ou ofender a autora em decorrência de sua cor de pele, tampouco de ridicularizá-la ou depreciar a pessoa.