Papa Francisco morre aos 88 anos e deixa legado de reformas e compaixão

Morreu nesta segunda-feira, 21 de abril o Papa Francisco, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. A morte foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Sé, que destacou a dedicação do pontífice ao serviço da Igreja e dos mais necessitados. Francisco enfrentava problemas de saúde há semanas, agravados por uma pneumonia bilateral que o manteve hospitalizado por 37 dias no hospital Gemelli, em Roma.
Nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, Argentina, em 1936, Francisco ingressou na Companhia de Jesus em 1958 e foi ordenado sacerdote em 1969. Em 13 de março de 2013, foi eleito o 266º Papa da Igreja Católica, tornando-se o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história. Seu papado foi marcado por um enfoque reformista e pastoral, com ênfase na humildade, justiça social e inclusão.
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Durante seus 12 anos de pontificado, Francisco promoveu reformas significativas na Cúria Romana, combateu os abusos sexuais dentro da Igreja e defendeu os direitos dos migrantes e dos pobres. Ele também abordou temas controversos, como a possibilidade de revisar o celibato sacerdotal e a inclusão de mulheres e leigos em cargos de liderança.
Sua última aparição pública ocorreu no domingo, 20 de abril, durante a bênção Urbi et Orbi na Praça de São Pedro. Visivelmente debilitado, Francisco desejou uma feliz Páscoa aos fiéis e percorreu a praça no papamóvel. Poucas horas depois, às 7h35 (horário local), faleceu em sua residência.
Com a morte de Francisco, inicia-se o período de “sede vacante”, durante o qual será convocado um conclave para eleger o novo Papa. O corpo de Francisco será velado por três dias, e seu sepultamento ocorrerá na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, conforme seu desejo de se diferenciar de seus antecessores sepultados na Basílica de São Pedro.
O legado de Francisco é amplamente reconhecido por sua abordagem compassiva, reformas institucionais e esforços para aproximar a Igreja das periferias sociais. Sua morte representa um momento crucial para a Igreja Católica, que agora se prepara para escolher seu próximo líder espiritual.