Record é condenada a pagar R$ 30 mil de indenização por erro em reportagem
A Record foi condenada a pagar R$ 30 mil de indenização por erro em uma reportagem exibida no telejornal Balanço Geral, jornalístico com maior da emissora. O erro da canal, teria ocorrido em uma reportagem sobre o assassinado do ator Rafael Miguel e de seus pais.
Segundo o portal IG, a emissora do bispo Edir Macedo, teria exibido em todos os telejornais a placa de um carro que foi clonado, e usado por Paulo Cupertino, acusado de matar o ator para fugir da polícia. A veiculação da reportagem teria causado problemas na vida dos verdadeiros donos do automóvel.
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Ao descobrirem que a placa do seu carro estava sendo exposta na televisão, o casal Carlos do Espírito Santo e Elaine Cristina da Silva resolveram entrar com um processo contra a emissora, por danos morais, por conta de todas as situações que vem enfrentando desde a primeira veiculação da reportagem.
No julgamento de primeira instância, a Record foi condenada a pagar R$ 30 mil de indenização, mas deve recorrer da sentença deferida pela juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível de São Paulo. Segundo o Notícias da TV, a magistrada entendeu que a emissora cometeu “abuso no direito de informar” por não borrar a placa clonada. A placa e as características do veículo, como modelo e cor, foram exibidos em diferentes momentos entre os dias 10 e 18 de junho de 2019.
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“A situação pela qual a Record expôs nossos clientes trouxe grande impacto negativo em suas vidas. A forma massiva pela qual se utilizaram para veicular a reportagem acabou por trazer um sentimento às vítimas de que foram equiparadas a criminosos e, por serem pessoas de bem, buscamos por essa reparação. Ganhamos em primeira instância, mas ainda há possibilidade de recurso. Esperamos que a emissora reconheça o erro, e que não pratique mais tais atitudes, para que outras pessoas não sofram da mesma forma”, disseram os advogados Nathalia Bom Sucesso de Melo e Lucas Vinicius de Souza Pereira, que representam os donos do automóvel.