Vamos conversar sobre o LIBERATUM?

Vamos conversar sobre o LIBERATUM?
Vamos conversar sobre o LIBERATUM? (Foto: Reprodução)

Qual é o propósito do festival e para quem foi concebido? Foi criado apenas para permitir que as pessoas tirem selfies, fotos, reels, com Viola Davis, Angela e a Érika Hilton e as compartilhem nas redes sociais?

Onde estão as crianças e adolescentes das escolas públicas neste evento? Onde estão os grupos culturais que representam o teatro, música, dança e artes? Onde estão os projetos comunitários e as escolas do estado?

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Onde está a verdadeira essência da Bahia neste festival?

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Estive ponderando essas questões recentemente. O festival é uma ótima ideia, mas parece estar limitado a uma bolha social. Por que não realizar eventos em toda a cidade, incluindo áreas periféricas, e envolver as Drag Queens do Âncora? Os Grupos culturais do Subúrbio, as Ganhadeiras de Itapuã, a população do recôncavo ao qual a cidade aqui faz parte. Poderia ser uma celebração que abrange diferentes partes da cidade, desde das periferias até os eventos de gala em restaurantes caros. A ideia é maravilhosa, mas qual é a verdadeira essência por trás dela? Como pode um festival que ocorre em uma cidade com a maior população negra fora da África não ter uma conexão mais sólida com a periferia, que realmente merece atenção?

Qual foi o impacto real desse festival? Ele inspirou mudanças significativas na cidade? Embora tenha recebido atenção internacional, qual é o impacto local?

Eu não estou tentando descreditar o festival, mas gostaria de provocar reflexões sobre sua proposta, abordagem e seu impacto na população local. Além disso, é notável que Viola Davis planeje abrir uma produtora na cidade, mas quem terá acesso e quem irá gerenciar essa oportunidade? Parece que a inclusão e a promoção de talentos locais poderiam ser mais abrangentes.

Em resumo, parabenizo Salvador pela realização do festival, mas questiono se ele está verdadeiramente conectado às áreas periféricas e à comunidade que deveria representar.

John Victor

John Victor é colunista do site Hora Top TV, Pós Graduando em Marketing e Redes Socias é um educador dedicado, com formação em História pela UNEB. Sua paixão pela educação e redes sociais o levou a uma especialização em docência inclusiva para jovens e adultos com deficiência mental, e a criação de projetos como produtor cultural, onde atua como Gerente de Marketing da produtora Online Fervendo e produtor de diversos eventos em Salvador e Aracaju. Me acompanhe nas redes sociais: Twitter e Instagram @Vyctor_John

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